sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para @Maria Fernanda Leitão de Paiva, em resposta a sua carta.

A distância é uma coisa engraçada. Ela nos dá perspectivas diferentes sobre diversos assuntos. mas quando se fala em distância, 9 entre 10 dizem que ela é um fator importante para  a falência dos relacionamentos. As pessoas se prendem a pequenos detalhes, coisas insignificantes e colocam a culpa no outro de seus próprios problemas mal-resolvidos. Isso também serve para primeiros encontros e primeiras impressões. Muitas vezes, contra nosso próprio senso, erramos ao julgarmos alguém na primeira vez que o vemos. Acreditem quando digo que já errei várias vezes nesse sentido e hoje, posso dizer, que esses erros são as pessoas que mais amo na minha vida. Um delas é Maria Fernanda Leitão de Paiva, a mãe de Mariana. Ela deixou de ser alguém importante na ordem das coisas no dia em que a bochechuda nasceu. Um presente. Uma dádiva. A luz que faltava para essa pessoa digna, impávida pudesse seguir e descobrir, definitivamente, o ser humano de valor que ela sempre foi. 
Esse ser humano inigualável esteve ao meu lado em todos os momentos que nos definem como pessoas corretas. Ela enxugou minhas lágrimas inúmeras vezes. Ela me defendeu umas tantas outras.  Sempre me olhando de cima (até porque ela é muito mais alta do que eu) bancava a mãe águia. Mas não pensem que era apenas isso. Eu tive meus momentos de mamãe urso com ela. Estive ao seu lado na hora mais escura e penosa. enxuguei suas lágrimas sentidas. Ri seus risos de alegria. Compartilhei perrengues, desilusões, amarguras.  Minha maior dor foi não ter estado ao seu lado quando finalmente a escuridão se foi e em seu lugar veio Mariana, para curar seu coração cansado. Não ter, ainda, podido segurá-la e celebrar com minha amiga sua alegria. Mas se em corpo eu não estava ao seu lado, estava na alma, lugar sincero e verdadeiro, que nada nem ninguém consegue criar máculas. 
Esse texto não é para celebrar o passado, magnífico, que tivemos. Mas para enaltecer nosso futuro. Prometo, neste dia, que deixarei tudo de lado para estar ao seu lado se você precisar de mim. Que cuidarei de Mariana se você assim precisar. Que continuarei  a te amar não importa a distância. E que, em meu coração, você sempre terá uma cobertura com varanda panorâmica para poder gritar para todos ouvirem:

"EU NÃO MATEI JOANA D´ARC" E ISSO NÃO CONSTRÓI NADA, DANIELLE COSTA!"

Amo-te. Simples assim.

D. 

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